NA CAPITAL FEDERAL, DESTAQUE PARA A SITUAÇÃO DO CERRADO.
Quando as luzes da Esplanada dos Ministérios, o centro do
poder nacional em Brasília, se apagaram, um céu azul pontilhado de estrelas se
revelou aos presentes mostrando o que a cidade tem de mais bonito. Famosa pela
beleza do céu, a capital brasileira está situada na região central do Brasil,
onde está um dos biomas mais ameaçados, o Cerrado. O evento foi realizado no
museu da República, prédio moderno inaugurado há pouco tempo e assinado
pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Às 20h30, o governador do Distrito Federal,
Agnelo Queiroz, e o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio
Maretti, subiram na alça lateral do prédio e desligaram o interruptor
simbolizando o desligar das luzes da cidade. Em seguida, as luzes da Esplanada
dos Ministérios foram apagadas, assim como a de vários monumentos da cidade,
como do Palácio do Buriti e Anexo, Memorial JK, Teatro Nacional, Catedral,
Museu do Índio, Complexo Cultural da República e Ponte JK. O secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, Eduardo
Brandão, destacou a importância da participação de Brasília. “É fundamental que
a gente pense em um mundo mais sustentável, que busquemos esse sonho. E para
Brasília, ser sustentável não é um sonho mas um dever”, disse.
A capital brasileira está situada no Planalto central, no
coração do Cerrado, um dos biomas brasileiros mais ameaçados de desaparecer
pelo avanço desregrado do agronegócio. Por isso, de acordo com Maretti,
Brasília precisa assumir o seu papel de "Capital do Cerrado". “Além de preservar seu patrimônio
arquitetônico, Brasília precisa assumir o compromisso com a conservação do
Cerrado, com a preservação das nascentes e com uma política de tratamento de
resíduos sólidos”. Para ele, a cidade
que será uma das sedes da Copa do Mundo precisa seguir o caminho da
sustentabilidade.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também
destacou o papel de Brasília na conservação do Cerrado. “O Distrito Federal
deve ser o carro-chefe para a defesa do Cerrado, este bioma tão importante para
o país. Brasília tem que ser o símbolo, o exemplo para o Brasil, como a cidade
do verde. Precisa proteger as nascentes e assumir o compromisso com um
desenvolvimento mais sustentável”, disse.
O superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio
Maretti, fez questão de lembrar as recentes tragédias ambientais que o mundo
vem presenciando, como a que ocorreu no Brasil no início deste ano no Rio de
Janeiro, matando milhares de pessoas. “As catástrofes estão aí para mostrar que
não podemos mais continuar do jeito que estamos. É por isso, que nos reunimos hoje para lembrar
que precisamos mudar nosso jeito de agir.
Agnelo também lembrou as vítimas das tragédias no Japão e do Brasil
e disse que Hora do Planeta serve como uma reflexão do que está acontecendo no mundo. “Temos que
somar esforços para frear a destruição do meio ambiente. “É importante esse simbolismo de apagar as
luzes, mas precisamos de ações concretas”, ressaltou.
Após o apagar das luzes, aconteceu uma apresentação de
percussão do grupo Batukenjé, criado em 2006, na Finlândia, pelo percussionista
Celin Dú Batuk para ensinar percussão, ritmos brasileiros, uso de instrumentos,
canto, dança e história da percussão, bem como divulgar a cultura
afro-brasileira. O grupo é hoje sediado em Brasília.
Fonte: wwf Brasil
Fonte: wwf Brasil
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